Por Giuliano Miotto
Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” (2 Timóteo 3:1-5)
Com estas palavras, Paulo descreve na sua segunda carta a Timóteo um dos sinais do final dos tempos. Ele previu que os dias seriam trabalhosos. Basta prestar a mínima atenção ao que tem acontecido ao nosso redor para podermos ver que estas palavras estão se cumprindo cem por cento. Vivemos a cultura do egocentrismo, onde o homem é o centro de tudo, a era do seiscentos e sessenta e seis. Levando-se em consideração que o número sete representa a perfeição de Jesus e de seu caráter e o número seis representa o homem, temos que o número da besta significa a obra do Diabo de fazer com que o homem ache que ele é o centro do universo.
Com estas palavras, Paulo descreve na sua segunda carta a Timóteo um dos sinais do final dos tempos. Ele previu que os dias seriam trabalhosos. Basta prestar a mínima atenção ao que tem acontecido ao nosso redor para podermos ver que estas palavras estão se cumprindo cem por cento. Vivemos a cultura do egocentrismo, onde o homem é o centro de tudo, a era do seiscentos e sessenta e seis. Levando-se em consideração que o número sete representa a perfeição de Jesus e de seu caráter e o número seis representa o homem, temos que o número da besta significa a obra do Diabo de fazer com que o homem ache que ele é o centro do universo.
E haverá homens amantes de si mesmos traduz em uma breve frase todo este estado de coisas que estamos vendo hoje. As pessoas não conseguem amar nada além do que suas próprias entranhas. Vivemos em um mundo onde os homens estão ensimesmados em seus desejos, projetos pessoais e tem se tornado cada vez mais difícil se encontrar homens dispostos a abrir mão da própria vida para servir ao próximo.
O texto também fala de homens avarentos, presunçosos, soberbos, características de um caráter deformado que geralmente andam juntas e são o resultado de todo esse amor próprio egocêntrico que vemos de forma tão abundante por aí. A soberba e a presunção impedem que uma pessoa seja fiel com seus companheiros, tendo em vista que esse tipo de pessoa nunca acha que precisa dos outros. E mesmo que admita interiormente que precisa, mesmo assim geralmente nunca dá o braço a torcer.
Temos, ainda, os homens ingratos, profanos, sem afeto natural. Creio que neste ponto a maioria das pessoas que têm cuidado de gente sabe muito bem o quanto as igrejas estão lotadas de pessoas ingratas e sem afeto natural. Não importa o quanto se faça pelas pessoas, o quanto você as ajude e gaste seu tempo aconselhando, o fato é que a grande maioria das pessoas não dá a mínima para o que se faz por elas. A ingratidão, na minha opinião, é o único pecado para o qual não se tem qualquer desculpa possível. Se um marido trai a esposa, ainda que isso não seja correto, ele pode dar várias desculpas para o ocorrido. Se um sujeito mata o outro, pode dizer que o fez em legítima defesa ou porque estava fora de si.
Enfim, a maioria dos pecados podem ter uma explicação fora da pessoa. Mas como tentar explicar ou justificar o pecado da ingratidão? O sujeito ajuda o outro vários anos, daí a pessoa diz: “Ah... vou ser ingrato porque o fulano me ajudou demais.” Imagina isso?
Talvez por isso Paulo complemente o texto dizendo que estes homens seriam também cruéis, sem amor para com os bons, traidores e obstinados. Na minha opinião a maior demonstração de crueldade e falta de amor que uma pessoa pode demonstrar em seus relacionamentos e a falta de fidelidade e compromisso com a mão que o alimenta, ainda que em determinados momentos. Temos andado com pessoas há alguns anos e uma coisa já aprendemos de forma bastante dura: não importa o quanto você sirva uma pessoa infiel e ingrata, ela sempre vai te deixar na mão ou te virar as costas, na maioria das vezes nos momentos em que você mais precisa dela.
Fomos membros de certa denominação, onde tenho certeza que servi com todas as minhas forças às pessoas que ali estavam. No entanto, quando recebi uma direção de Deus para sair de lá, aconteceu algo inusitado, a maioria daqueles a quem servi com tanta dedicação por vários anos, passaram a me desprezar e em algumas situações a me tratar como se fosse inimigo deles. Hoje eu moro perto dessa antiga denominação e da casa de seu pastor-líder a quem servi por tantos anos. Sabe quantas vezes fui visitado por algum deles? A ingratidão está intimamente ligada à infidelidade, que é a falta de compromisso com as pessoas.
Também poderia dar inúmeros exemplos de vezes em que não fui fiel a quem me serviu e vice-versa, mas apenas quero que meu leitor possa refletir se não está sendo uma dessas pessoas citadas no texto inserido na carta de Paulo acima transcrito. Já que este mês vamos meditar sobre a coluna da fidelidade, vamos buscar aonde temos falhado neste ponto e, naquilo que for possível, que possamos deixar de sermos mais amigos dos deleites do que de Deus e largar essa fingida aparência de piedade de lado, jogando as máscaras no chão e aprendendo a sermos fiéis em primeiro lugar Àquele que nos chamou e depois àqueles que têm contribuído para nosso crescimento e sustento. Creio que vai ser outro mês muito difícil.
***
Giuliano Miotto faz coluna aqui no Arte de Chocar e edita o Voz do que Clama na Net.
Olá,adorei seu blog,estarei sempre por aqui.
ResponderExcluiraté mais