Por Antognoni Misael
Em mais uma oportunidade pude reencontrar o antigo e guerreiro ônibus do Grupo Logos – o velho dinossauro, substituto legal do pequeno Micróbio (antigo micro-ônibus) -, e claro, rever o incansável Paulo Cezar, só que desta vez, infelizmente desacompanhado de sua principal companheira, sua esposa Nilma, que ficara no sul do país dando assistência a sua netinha recém nascida. Mas apesar dos desencontros, creio que nenhuma temporada é tão especial quanto esta, pois completam-se 30 anos de um aguerrido ministério que passou e passa maior parte dos 365 dias anuais cantando em vilas, praças, teatros, templos, falando do amor de Jesus de uma forma simples, clara e objetiva.
Nesta última quarta-feira (08-06-11) estive em Sapé-PB, 40 km de João Pessoa, e mais uma vez, e desde 2002, pude ir ao encontro do que considero o maior exemplo de grupo musical em atuação no meio evangélico. Logos é sem dúvida é um ministério que tem a qualidade e um caráter abalizado numa visão totalmente cristocêntrica, comportando-se hoje como o contrário do “normal” na música gospel, longe de todo fetichismo dos jargões e modismo que aparecem e somem repentinamente nos repertório cantados em boa parte das igrejas do Brasil - um diferencial vivo de convicção, realização e comprometimento com o reino.
Em um desses anos que estive com Paulo Cezar, ele comentava sobre as implicações de terem escolhido um caminho longe do estrelismo, e da busca desenfreada pelo topo da fama... E certa vez, contou ele, quando gravava em estúdio o seu último disco lançado até então, Pescador, recebeu a visita de um grande produtor (de nome não revelado) que de forma enfática elogiou a beleza e profundidade de como falava de Deus em suas canções, mas ao mesmo tempo, relutando, sugeriu que ele mudasse seu estilo e que fizesse canções a gosto do mercado, pois por esse caminho, o sucesso, as vendas, os contratos e a fama logo chegariam (caminho possível, mas perigoso, pois poucos são os crentes que sabem andar por ele sem que se corrompam ao próprio orgulho e soberba).
“Primeiro a vida, depois a performance”, é o que sempre repito em minha devocionais, pois é o que tenho buscado como ideal de respaldo para com o que falo. Percebo que a vida do Grupo Logos fala tanto quanto suas canções. Nem todos que cantam “Quem tem posto a mão não pode mais olhar atrás”, realmente vivem isso, muito mais numa época em que ser artista evangélico está relacionado a ser famoso, rico e bem sucedido – não é raro encontrar gente sem vocação ministerial se frustrando por não ter sido percebido, prosperado e aos padrões sócio-religiosos ter se tornado uma referência eclesiástica.
Falando-se em Logos realmente não dá pra por a mão no arado e olhar atrás quando nota-se uma agenda diária e anual onde a cada dia viaja-se em média de 200Km a 300km, de cidade em cidade, de igreja em igreja, pelos quatro cantos do Brasil, levando junto às comunidades a palavra e a vida de Jesus. E detalhe, sem querer expor ou estipular valores, garanto que o preço gasto por uma igreja que recebe o Logos em sua congregação não se equipara nem a metade dos exacerbados custos dos “grandes” ícones do Gospel (prática longínqua dos mercenário da fé e dos grupos que ostentam a 1ª classe no meio cristão).
O culto na igreja Congregacional de Sapé foi bastante edificante, Deus realmente falou aos nossos corações não só através das canções do Logos, mas da palavra ministrada e das pessoas ali presentes. Gente humilde, simples, com ouvidos atentos as palavras do Senhor e simpatia plena nos rostos daqueles irmãos. Um dos mais belos momentos mais relevantes pra mim foi quando foi cantada as canções O Evangelho, cuja letra repleta de verdade exalta sobremaneira ao Deus verdadeiro sob a visão de um Evangelho puro e incontestável, e a célebre canção Autor da Minha Fé, que sempre finaliza os repertórios do Logos.
Sábado, dia 18 deste mês, Logos estará novamente aqui na Paraíba, só que agora em Campina Grande-PB, onde celebrarão os 30 anos de ministério. Quem puder ir, não deixe pra depois o que pode te edificar hoje. Abaixo uma das mais belas e recentes canções do Logos.
Quando o Senhor Jesus
Chamou meu coração
Não fez um convite descuidado ou impensado
Não quis apenas ser gentil ou educado
Mas deixou claro que havia algo importante a ser feito
Mas para que esse algo eu conhecesse
Pescador
Quando o Senhor Jesus
Chamou meu coração
Não fez um convite descuidado ou impensado
Não quis apenas ser gentil ou educado
Mas deixou claro que havia algo importante a ser feito
Mas para que esse algo eu conhecesse
Era preciso andar junto com ele
E necessário pensar os seus pensamentos
E amar pessoas com o seu amor
E conhecer também de perto a dor
E os vales mais profundos
Provar aos poucos uma solidão
E o desamparo desse mundo
E aprendendo assim a depender a cada dia mais
E necessário pensar os seus pensamentos
E amar pessoas com o seu amor
E conhecer também de perto a dor
E os vales mais profundos
Provar aos poucos uma solidão
E o desamparo desse mundo
E aprendendo assim a depender a cada dia mais
De suas mãos
Quando Ele me chamou
Quando Ele me chamou
Não fez promessas humanamente convincentes
Nada que me enchesse os olhos
Apenas disse que me faria um pescador
Mas pescador de peixes eu sou
E na verdade há muitos outros como eu
Nós pescamos coisas distintas e mesmo que você não sinta
Sua vida algo vai buscar
Quem sabe um dia desses você vai sentir também
Quem sabe um dia desses você vai pensar também
Quem sabe um dia desses você vai ouvir a mesma voz
Ou quem sabe um dia o fará mudar de atitude, vida, rumo e de propósito.
Nada que me enchesse os olhos
Apenas disse que me faria um pescador
Mas pescador de peixes eu sou
E na verdade há muitos outros como eu
Nós pescamos coisas distintas e mesmo que você não sinta
Sua vida algo vai buscar
Quem sabe um dia desses você vai sentir também
Quem sabe um dia desses você vai pensar também
Quem sabe um dia desses você vai ouvir a mesma voz
Ou quem sabe um dia o fará mudar de atitude, vida, rumo e de propósito.
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