Por Antognoni Misael
Alguns conceitos racionalmente definidos por nós como tempo e espaço, para Deus possuem uma infinda dimensão que jamais alcançaremos como pensantes aqui na terra. O salmista, dando uma noção representativa de tempo sobre Deus, relatou: Porque mil anos são aos Teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite. (Sl 90.4); o sábio Salomão foi até mais profundo ao dizer: "O que é já foi, e o que há de ser também já foi; Deus fará renovar-se o que se passou."(Eclesiastes 3:15) - diria que ele tratou de um conceito atemporal relacionado não só a Deus mas a essência do homem em suas representações históricas.
Mas nada há de tão profundo quando se fala de tempo e espaço nas escrituras quando nos deparamos com o Evangelho de João no seu primeiro escrito: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (João 1.1). Muito embora creiamos nisso, de forma alguma concebemos a ideia de princípio como ponto figurante de um começo. Quando foi esse princípio? Há quanto tempo? A razão nessa hora parece ser nada. “Estava com Deus” sugere por inferência um sentido de lugar onde eles juntos estavam – em que local estavam o Pai e o Filho? Porém, novamente a razão não nos serve, uma vez que pensar o espaço sob as lentes do saber metafísico sublime é uma tentativa de materialização da 'ciência' divina. Esta 'ciência' divina está em outro plano, em outra dimensão a qual ainda não nos fora revelada.
Esse Verbo (Jesus) que se fez carne há mais de dois mil anos, já existia antes da fundação do mundo, e sendo o próprio Deus em essência, tendo em suas mãos tempo e espaço, tornou-se racionalmente igual a nós e se subjugou a nossa dimensão temporal e geográfica.
Gente, quando a fé sai de cena, se vai também a capacidade de se conhecer mais a Deus.
Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem (Hebreus 11.1)
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