Atendendo prontamente a nossa solicitação de entrevista, o querido casal do “Baixo e Voz” nos concedeu uma das melhores entrevistas do nosso Blog. Vale a pena ler e pra quem não conhece, indico. Confira abaixo.
A.C.: Queria que nos contasse como se deu esse encontro ‘na vida’ e ‘na música’ entre vocês.
BAIXO E VOZ: Nos conhecemos desde quando éramos crianças, pois nossos pais frequentavam a mesma igreja. A idéia do Baixo e Voz surgiu quando estávamos participando de um projeto musical no qual o objetivo era apoiar uma ONG chamada Conexão Paz, que trabalhava com a recuperação de viciados em drogas. Essa projeto era formada por jovens de várias igrejas da cidade que decidiram doar seu tempo e talento para formar uma banda que tocasse músicas próprias. Uma dessas músicas era Sempre presente, de autoria de Gilberto Bueno, onde por brincadeira, o Sérgio tocou só com acordes no baixo e me perguntou se dava pra cantar. E deu!
A.C.: Quais são as principais influências na música e vida cristã de vocês?
BAIXO E VOZ: Nossa base de vida cristã, além da família, foi formada nas aulas da Escola Dominical da Igreja Presbiteriana Central de Ribeirão Preto , onde tivemos a sorte de ter ótimos professores(Carmem/ Regina e Gilberto Bueno) que nos incentivaram a pensar " fora da caixa"; depois o contato com a missão Mocidade Para Cristo (Marcelo Gualberto, Ricardo Costa, Lucas Paiva Pina e tantos outros). Atualmente, pessoas como Ariovaldo Ramos e Carlos Queiroz são importantes referências nessa caminhada.
Na música, cresci ouvindo basicamente MPB e Vencedores por Cristo (Marivone); o Sérgio, rock (hard rock, progressivo e nacional) e jazz (principalmente bebop e fusion).
A.C.: Podemos afirmar, sem dúvida, que Baixo e Voz faz um dos estilos de música mais diferenciados do meio cristão. Queria que nos falasse das experiências dos seus discos e principalmente do DVD recém gravado. Quais novidades podemos esperar?
BAIXO E VOZ: Sinceramente, nunca temos grandes pretenções ao produzir um novo trabalho; apenas a preocupação em registrar o que nos toca e de uma maneira que seja verdadeira pra nós. Se alguém se identificar com o que resulta disso, ótimo!
A gravação do DVD foi um presente inesperado; uma oportunidade muito interessante que sem dúvida, acrescentou de forma positiva na nossa história musical. Acredito que é um lindo resumo do que foi a nossa caminhada até aqui, em especial pelas participações de Marcelo Bassa Meleiro (Banda Resgate), Stênio Marcius, Duca Tambasco (Oficina G3), Paulinho Nazareth (Crombie) e Edu Martins (que também fez a direção).
A.C.: O ano de 2011 foi bastante corrido pra vocês, visto que participaram de muitos eventos tanto em igrejas quanto em espaços seculares. Considerando aquela ‘velha’ dicotômia entre secular/sagrado queria que falassem de suas visões a respeito de arte cristã, mundo (sistema) e missão cultural. Como estes pontos convergem com a igreja?
BAIXO E VOZ: Arte feita por cristãos, o lugar onde vivemos e missão cultural convergem e dialogam amplamente. Jesus nos ensinou assim: a caminhar com as pessoas e sermos cristãos onde estivermos. Quando nos apresentamos, entendemos que em qualquer lugar as pessoas são importantes para Deus, por isso, não temos medo nem preconceito em tocar fora dos templos evangélicos. Ao mesmo tempo, nos sentimos muito bem compartilhando com a Igreja nossa música. Devemos lidar com a realidade do sagrado em qualquer situação.
A.C.: Ao fazermos uma crítica ao Festival Promessas, você (Sérgio)comentou da dificuldade de se divulgar descentemente o trabalho do Baixo e Voz, assim como de muitos artistas cristãos. Como vocês avaliam esta abertura de mercado da música Gospel?
BAIXO E VOZ: Acho (sérgio) que é cedo para definirmos o resultado da abertura. Como historiador aprendi que precisamos analisar os vários ângulos de um acontecimento para compreendermos, em parte, o que aquilo significou, de fato.
Também não gosto de guetos artísticos, nem de generalizações. Nosso trabalho e de qualquer outro artista tem que ter a liberdade de gravar o que quiser: rock, jazz, bossa, blues, funk, sem rótulos. Deixo os rótulos para a mídia e para leigos.
Devemos usar o mercado ao nosso favor, sem, é claro, nos corrompermos. E isso é possível. Estamos procurando uma boa distribuição para nosso DVD Baixo e Voz 20 anos, pois entendemos que isso é trabalho para outros profissionais. Nosso papel é selecionar boas músicas, compor, arranjar e gravar com excelência. Mas não acho que devemos nos envolver com todos os processos relacionados à divulgação e distribuição. Não estudamos para isso!
Demonizar tudo que é mídia é um grande erro. Pelos discursos que leio e ouço dos críticos, é como se, em outras palavras, dissessem: - Vocês todos que estão em gravadora não prestam, nem artisticamente, nem no caráter; só pensam em dinheiro. Não é verdade. Existe muita gente na Sony, Som Livre e outras gravadoras que é muito mais envolvida com os valores do Reino de Deus do que seus críticos. Particularmente prefiro ouvir as pessoas e suas histórias antes de qualquer tipo de afirmação sobre seus ministérios e trabalhos musicais apenas porque não gosto, esteticamente de seus trabalhos.
Por outro lado, também não acho que devemos ficar calados em relação ao que vemos de errado sendo propagado pela mídia ou pelos artistas, sejam eles cristãos ou não. Temos que buscar equilíbrio...
A.C.: Agradecemos a atenção e contribuição para nosso blog. Desejamos um ano repleto de Graça, Saúde e muita arte para vocês.
Mto bom. Amo o trabalho da dupla e estou ansiosa p adquiriro dvd!!
ResponderExcluirPara falar de prosperidade,é muito perigoso,porque quando eu entrei no evangélio,eu jamais pensei que iria enriquecer-me,pelo contrário,o estar com Deus é vida de enriquecimento espiritual.Muitos estão fazendo o evangélio de empresa,enriquecimento ilícito,ludibriando as pessoas com falsas doutrinas.Não adianta,certos pastores pousar de teólogos,e fazerem tudo que é de mal aos olhos do Senhor.Não me cabe julgar,mais naquele grande dia haverá muitas surpresas.A bíblia diz:"Crescei na Graça e no Conhecimento".Cadê a graça desses pastores?Deixa que Deus vai separá o joio do trigo.
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