quinta-feira, 5 de maio de 2011

Rappers Calvinistas

Por Renato Vargens
Todo mundo sabe que a minha teologia é  reformada e que me identifico com os ensinamentos  do reformador Francês João Calvino,  e que amo as doutrinas da graça.  Todos também sabem que sou apaixonado por uma boa música e que não vejo nenhum problema, como também não  enxergo nenhum pressuposto bíblico que me impeça de louvar a Deus com os mais variados ritmos. (Ainda que considere  de péssimo mal gosto ritmos como o funk e o pagode).  

No meu ponto de vista acredito que da Bossa Nova ao Rock, do merengue ao samba, do tango ao rap, todo ritimo musical pode ser considerado  bom e serve para louvar ao Criador.

Hoje no Bereianos eu vi um vídeo que me chamou a atenção. O Video mostra um maravilhoso rap cuja letra trata especificamente da fé reformada.

Pois é, os chamados  rappers calvinistas possuem várias  músicas gravadas que incluem referências diretas aos escritos de teólogos como John MacArthur, John Piper, CJ Mahaney, entre outros.

Curtis “Voice” Allen (um dos rappers calvinistas) chegou a gravar no ano passado um rap sobre o Catecismo de Heidelberg, importante documento e declaração de fé reformada criado em 1563. Mas Curtis não está sozinho. Talvez o mais famoso desses “ministros do rap” no momento seja Lacrae (foto), é co-fundador da Reach Records (o selo dos rappers reformados) e líder do ministério Reach Life. Ele tem chamado atenção de meios seculares como a MTV e foi indicado ao Grammy este ano.

Some-se a esta lista Trip Lee, Sahi Linne, Flame, que também usam rimas rápidas e batidas compassadas para fazer verdadeiros sermões em forma de rap. Afinal, muitos estão acostumados a pregar com regularidade em suas igrejas.

Embora esses raps ainda estejam longe de serem adotados durante o período de louvor das igrejas reformadas, tem o apoio de teólogos como D. A. Carson e Anthony Bradley.

O mais surpreendente é ver que esse movimento parece ter influenciado rappers não são cristãos a gravarem músicas falando sobre questões teolígicas, como fez Rhymefest. Algo impensável um tempo atrás já que os grandes nomes do movimento hip hop ficaram conhecidos por suas letras que fazem apologia a violência, sexo, crime e uso de drogas.
Pois é cara pálida, isso é que eu chamo de relacionamento com a cidade e com a cultura.


Nenhum comentário:

Postar um comentário