terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Graça, relacionamento e Bicicleta

Por Antognoni Misael

A Graça horizontal acalenta os nossos relacionamentos. Reconhecer quem somos diante de Deus coloriza nosso olhar diante do próximo e estanca qualquer sentimento de superioridade, preconceito, manipulação e comparação com nosso semelhante.

Saibamos viver deixando nosso próximo ser quem realmente ele é. Sua personalidade, seu jeito, sua cultura, seus gostos...

Ah, como eu amo a diversidade. Enxergar cada vez mais a diferença entre nós mesmos é reconhecer um Deus criativo, amoroso, indescritível e que não faz acepção de pessoas.

Que possamos nos recusar a fazer o papel de Deus na vida dos que nos rodeiam. Não retenhamos em nós altivez alguma, mas soltemos toda carga de religiosidade, moldura egoísta, fardo, medo. Deixemos tudo isso ir embora...

A didática de nos aperfeiçoar nos relacionamento aponta para a liberdade de uma criança e a bela arte de aprender a pedalar. Abaixo, trago um simples poema de Wyatt Prunty que com leveza nos mostra como este amor gracioso de Deus manifesta-se na liberdade de vivê-lo.

Aprendendo a andar de bicicleta
O pedal da criança mais velha
Gira veloz e estável
Até o jantar, o banho e a cama,
Quando finalmente nós também paramos,
Quietos e cansados,
Ao lado do quintal que se escurece,
Onde agora a sombra das árvores sobe, em vez de descer;
O comprimento delas aumenta e a seduz,
Enquanto ela caminha, cabisbaixa, para guardar sua bicicleta
Em algum lugar entre seu desejo de andar
E a certeza de que vai sempre cair.
Amanhã, embora eu ainda esteja atrás,
Com braços esticados para pegá-la,
Ela vai se inclinar e seguir
Para além do meu alcance.
Até que a distância a torne menor,
Cada vez menor, além do ponto onde paro,
Sabendo que para ensiná-la eu precisei segui-lá,
Mas, quando aprendeu, precisei deixá-la ir.

***

Antognoni Misael.

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