domingo, 2 de fevereiro de 2014

Final de “Amor à vida” mostra primeiro beijo gay da Globo #E DAÍ??

O último capítulo da novela “Amor à Vida” foi ao ar nesta sexta-feira (31) mostrando o primeiro beijo gay em uma novela da emissora carioca.

Os atores Thiago Fragoso e Mateus Solano, que interpretaram os personagens Niko e Félix respectivamente, contracenaram o beijo gay mais comentado da televisão brasileira. O assunto se tornou o mais comentado no Twitter tendo grande aprovação do público em geral que já torcia pelo “final feliz” dos personagens.

Do outro lado, evangélicos e católicos tradicionais criticaram a militância da Rede Globo em promover a causa gay. “A Globo busca todos os dias criar um padrão de família “não tradicional” que abomina a Deus”, escreveu Wenderson Monteiro.

O pastor JB Carvalho criticou quem assiste telenovelas. “Se você assiste novela, você insulta o Espírito Santo e é um patrocinador do lixo cultural. A Era Laodicéia é marcada por um tipo de cristão que tem medo de marcar posição, assumindo uma neutralidade em assuntos polêmicos”, disse ele no Twitter.

Os cantores Davir e Verônica Sacer também se pronunciaram pelo microblog. “#ForaNovelaMalígna #NovelaLixoMoral #ForaBBB #NãoVejoNovela”, escreveu o cantor.

Sua esposa também tuitou sobre o assunto dizendo: “‘Engano do diabo achar normal ser errado e considerar burrice ser correto.’ #ForaNovelaMalígna #ForaBBB #TenhoAMenteDeCristo #ÑAssistoNovela.”

Quando o beijo gay começou a ser cogitado o pastor Silas Malafaia criticou o jogo de aproximação da emissora com os evangélicos. “A Globo tenta abrir um canal com os evangélicos por um lado e fecha por um lado. A Rede Globo é a emissora campeã no país de promoção da causa gay”, disse ele ao jornalista Lauro Jardim.

Mauro Mendonça, diretor da Rede Globo, chegou a comentar sobre a inclusão de personagens homossexuais na trama criticando o fundamentalismo religioso. “A grande dificuldade do brasileiro mediano, quando se trata de personagens homossexuais, é a aceitação de que existe afeto. Porque as pessoas sempre gostaram do gay cômico, mas quando é o gay amoroso, as pessoas não aceitam. O fundamentalismo antigay sempre pregou que isso ‘não é Deus’, mas o afeto é divino”, disse ele em entrevista ao UOL.

Os próprios atores que protagonizaram o beijo também são contra a pregação que não aceita o homossexualismo e veem na novela uma oportunidade de mostrar o relacionamento amoroso de pessoas do mesmo sexo para gerar aceitação.

“O que afasta uma pessoa conservadora, tradicional, é quando ela vê uma relação sexualizada entre dois homens. E o meu desejo quando comecei essa novela foi justamente trazer essas pessoas para dentro desse universo mostrando o que elas têm em comum com esses personagens”, disse Thiago Fragoso.

[Fonte: Gospel Prime]

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Compartilho com vocês uma nota do amigo Thiago Oliveira que achei  bem pertinente:
Não entendo os evangélicos. Não entendo porque tanto escândalo por terem visto um beijo gay no final da novela. Ah, mas como você não entende? É abominável aos olhos do Senhor!-retrucam. E eu continuo afirmando: Não há motivos para escândalo. Pois, ao acompanhar uma novela, principalmente a do horário nobre, você irá presenciar diversas coisas que desagradam a Deus: hedonismo, traição, vingança, narcisismo, egoísmo, sincretismo e por aí vai. Todas essas coisas são abomináveis aos olhos do Senhor. Todavia, essas coisas parecem não incomodar os crentes, que até gostam de ver.

Falando um pouco de uma novela mais antiga, uma tal de Avenida Brasil, tínhamos no enredo uma briga ferrenha entre Nina e Carminha. Muitos evangélicos assistiram aquilo e achavam o máximo quando uma detonava com a outra. A trama era movida pela vingança. Mas e daí? Bom mesmo é ver o circo pegar fogo, né? Valores cristãos? Isso é coisa para o domingo.

Sobre a recente trama, cansei de ver as pessoas se acabando de rir com a personagem Valdirene, uma periguete disposta a tudo pela fama, inclusive dar o golpe do baú em algum trouxa. Porém, o maior sucesso ficou por conta do Félix, o vilão homossexual e caricato que por fim se redime de suas maldades. A personagem conquistou o público ainda no período da vilania. Todos comentavam as suas frases de efeito e a sua forma engraçada. O autor quis repassar a ideia que a não aceitação da sua homossexualidade o levou a delinquência.

Apesar de tudo isso, evangélicos do país inteiro acompanharam durante meses “Amor a Vida” e até vibraram por terem sidos retratados na trama de Walcyr Carrasco. Quando o Kléber Lucas apareceu cantando então, foi o êxtase. Muitos através das rede sociais disseram que a GLOBO estava se rendendo ao senhorio de Cristo. Hahahaha...

A lista de coisas desagradáveis é absurda, todavia, não quero me delongar. Apenas lamento que tenha tanta gente volúvel ao ponto de só repudiar aquilo que lhe convém. Fica fácil apenas criticar o homossexual e se esconder por detrás dum moralismo religioso e hipócrita. A igreja não deve ser a inquisidora de alguns pecados, ela deve denunciar o Pecado. A militância evangélica está girando em torno dos postulados gays, quando na verdade deveria abranger sua indignação contra diversos males que assolam nosso país. Males? Que males? Em tempos de Festival Promessas e ano da Restituição, parece que não existe pecado do lado de baixo do Equador.

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Arte de Chocar.

5 comentários:

  1. Muitas pessoas ficando surpresas com coisa que Cristo já tinha diro que iria acontecer!
    Muito bom o texto, realmente temos levado em consideração apenas alguns pecados, os mais polêmicos, outros são considerados entretenimento.
    É preciso renovação!

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  2. Cristo está mais próximo do que imaginamos.

    Quem lê, entenda, vigia, e se prepara.!!!

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  3. Excelente matéria. É vergonhoso saber que existem tantos que se dizem evangélicos que não apenas assistem, mas vibram com esse tipo de lixo.

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  4. Faz tempo que não vejo um ARTIGO tão verdadeiro, como o que acabei de ler acima...

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  5. Obg por publicar meu posicionamento, pois acho mais lamentável é a postura volúvel dos Evangélicos, pois o mesmo Malafaia que critica, é contratado como consultor do mercado gospel da própria emissora.

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