quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O PERIGO DO "EVOLUCIONISMO TEÍSTA" - PARTE 2

teste da feO ULTIMATO DO EVOLUCIONISMO TEÍSTA NO TESTE DA FÉ


Dentro desse contexto de debates e diálogos entre Fé e Ciência, a Editora Ultimato tem patrocinado o lançamento do Projeto Teste da Fé no Brasil, com a presença da Dra. Ruth Bancewicz, PhD em genética pela Universidade de Edimburgo, pesquisadora associada ao Instituto Faraday para Ciência e Religião e que trabalha na interação entre ciência e fé. A propaganda feita na divulgação desse projeto gira em torno da comprovação da existência de Deus no meio acadêmico e como a fé pode ser mantida por cientistas. Contudo, o que pouco tem sido dito é que tal projeto visa implantar tanto na igreja quanto na universidade o conceito de Evolucionismo Teísta.


O que muitos não sabem, ou fazem questão de ocultar, é a íntima relação entre o evolucionismo e o liberalismo teológico. Sobre essa relação o Dr. Augustus Nicodemus faz a seguinte afirmação:


Os liberais acreditam que a Igreja Cristã se perdeu completamente na interpretação da Bíblia através dos séculos e que somente com o advento do Iluminismo, do racionalismo e das filosofias resultantes é que se começou a analisar criticamente a Bíblia e a teologia cristã, expurgando-as dos alegados mitos, fábulas, lendas, acréscimos, como, por exemplo, os mitos da criação e do dilúvio e de personagens inventados como Adão e Moisés, etc. Por considerar os relatos da criação, da formação de Adão e sua queda como mitos, os liberais tratam o livro de Gênesis como uma produção da fé de Israel escrita com o propósito de legitimar a posse e a permanência de Israel na terra. Acreditam que Gênesis foi redigido em sua forma final no período do exílio babilônico, por um editor que colecionou e colou juntos relatos díspares sobre a criação, a história do dilúvio, etc. Por não considerarem histórico o relato da criação, os liberais são, por via de regra, evolucionistas. Alguns acreditam que Deus criou o mundo mediante o processo da evolução. Mas, no geral, descartam completamente a idéia de uma criação do mundo e do homem ex nihilo, do nada, pela palavra do seu poder. (apud PORTELA, 2007, Online)


Essa foi, em outras palavras, exatamente a defesa feita pela Dra. Ruth Bancewicz no lançamento do livro Teste da Fé no Recife, no dia 12 de setembro de 2013, no auditório da Livraria Cultura no Shopping Riomar. Então, algumas de suas afirmações, na palestra de lançamento, merecem ser comentadas para “clarear” mais o nosso diálogo sobre o tema.


Ao falar sobre os cientistas e a comunidade acadêmica, Ruth Bancewicz afirmou que:


Talvez eles tenham sido ensinados que o Gênesis e a Evolução não são compatíveis. Então, eles rejeitam o cristianismo. Ou talvez hajam várias outras razões, e a mídia adora essa imagem de conflito, e eles não dão nenhum tempo, nenhum espaço, para outras vozes. Então, o Teste da Fé é sobre cientistas que preparam muito cuidadosamente sobre a fé e que consideraram coisas de diferentes aspectos.


Ou seja, o Projeto Teste da Fé diz respeito a tentativa de conciliação entre o Evolucionismo e o Cristianismo. Mas como disse o Dr. Augustus, isso conduz ao liberalismo teológico, que é caracterizado pela negação do caráter histórico da criação apresentado na narrativa de Gênesis.


Ainda, o Dr. Augustus Nicodemus explica a relação existente entre o Teísmo Aberto (Teologia Relacional) e o Evolucionismo Teísta:


Eu nunca havia atentado para o fato de que o teísmo aberto oferece o tipo de deus que alguns evolucionistas teístas tanto precisavam para ser coerentes em sua teoria. A idéia me estalou nesta segunda, conversando com os cientistas cristãos do Discovery Institute em Seattle, que acabam de lançar um livro “God and Evolution” que promete ser uma das críticas mais pertinentes e sérias ao evolucionismo teísta.
Explico.
O evolucionismo teísta acredita que Deus existe e que “criou” a vida na terra através daquilo que a teoria evolucionista chama de processo não dirigido ou intencional, em que mutações acidentais e aleatórias levaram gradativamente à seleção natural e à sobrevivência das espécies mais aptas.
O grande problema aqui com esta teoria são as palavras “não dirigido”, “aleatório” e “acidental”. Este conceito é fundamental na teoria darwinista. Na verdade, é um de seus pilares. O conceito da evolução repousa neste princípio de que as mutações ocorreram de forma randômica, ao acaso. Como, então, integrar o conceito de mudanças aleatórias com a supervisão do Deus cristão, que é onisciente, onipresente e onipotente? Se Deus é onisciente, como poderia ter inventado um processo natural que se desenrolaria de maneira totalmente imprevisível, acidental e randômica, totalmente fora de seu controle ou conhecimento?
A solução é o deus do teísmo aberto. Esta “divindade”, de acordo com os teólogos relacionais, desconhece o futuro e não sabe o que vai acontecer no universo nos próximos minutos. Ou seja, ela serve perfeitamente como o deus do evolucionismo teísta. (apud PORTELA, 2007, Idem)


A percepção que o Dr. Augustus teve sobre a relação existente entre o Evolucionismo Teísta e o Teísmo Aberto explica claramente a direção da linha teológica seguida pela Editora Ultimato, que continua publicando os livros de Ricardo Gondim, que ensina o Teísmo Aberto; de Ed Rene Kivitz que afirmou que Adão e Eva eram um mito, que a alma morre quando o ser humano morre e que defende abertamente o universalismo ; Luiz Longuini, autor do livro Novo Rosto da Missão, em que propõe uma aproximação do Conselho Latinoamericano de Igrejas e da Fraternidade Teológica Latino Americana, que promovem a Teologia da Libertação e o ecumenismo, entre outros.


Portanto, não é de admirar que ao seguir essa linha de distorções teológicas, o resultado da Ultimato fosse o apoio e patrocínio do Evolucionismo Teísta dentro e fora da igreja.


Por tudo isso, o Dr. Augustus afirma que “os evolucionistas teístas deveriam mudar o nome para evolucionistas "deístas", uma vez que estes tais acreditam numa divindade remota que criou o mundo como um relógio, deu corda e simplesmente afastou-se”, e continua ao afirmar que “O deus do evolucionismo-deísta-aberto não tem a menor idéia onde tudo isto vai parar” (apud PORTELA, 2007, idem).


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Fonte: Site da Vinacc.

Um comentário:

  1. Acredito firmemente que ciência, História e Religião (Bíblia) não tenham contradição nenhuma,quando sendo observado pela ótica certa, sem preconceito nem achismos de ambas as partes, mas daí querer empurrar o Darwinismo e teoria do BIG BANG dentro religião é forçar por demais a barra, primeiro porque essas "teorias" foram fabricadas com o intuito real de negar a divindade de Deus, de que exista um ser superior aos "perfeito" e "sábios" humanos. É incrível que um cara como Darwin que NÃO era e nunca foi cientista, que não apresentou, e diga-se de passagem a ciência até hoje não consegue apresentar, provas reais e refutáveis da evolução, consiga ter tantos seguidores cegos, sem contar que o próprio pra quem não sabe negou e não acreditava na sua própria tese ( leia o livro histórico " A História Secreta da Raça Humana ). Mais inacreditável tentar empurrar garganta abaixo que tudo, do nada se fez, por vontade de ninguém e sem coordenadas se formou. Finalmente é lamentável ver que infelizmente muitos cristãos e pior os que se dizem tão sábios, fiquem levando isso pra dentro da igreja; Já dizia o profeta: " O meu povo ERRA por falta de conhecimento..."

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