quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O porquê de não ser igreja*

Por Antognoni Misael
Há um ditado que diz que desde que o homem demarcou um território e disse: “este pedaço de terra é meu”, a igualdade social deixou de existir e evoluiu até os piores momentos da história.
Minha citação neste sentido serve de ponte pra parafrasear o seguinte: “desde que o homem inventou que igreja é templo, e não gente”, que a história da religião cristã desaguou nas mais escuras águas de sua história. Contudo, é bom que se deixe claro, não devemos ser da igreja*, mas ser IGREJA!
(Minha crítica aqui certamente não refere-se a generalização, mas com certeza a uma grande maioria)
***
A igreja é um lugar de unção / Enquanto que Cristo rompeu com o paradigma do lugar de espiritualidade.
A igreja é um lugar de prepotência / Enquanto que Jesus se fez o maior exemplo de humildade.
A igreja é um teatro / Enquanto que Cristo viveu o real e não encenou no madeiro.
A igreja é um comércio / Enquanto que Jesus reprovou o "negócio" em nome de Deus.
A igreja é um caserna de super-homens / Enquanto que a Bíblia é um livro cheio de doentes.
A igreja é esconderijo / Enquanto que deveria ser uma galeria aberta ao mundo.
A igreja é santuário / Enquanto que deveria reunir humanos santos.
A igreja é mais vigiar e punir / Enquanto que Deus é mais amor e misericórdia.
A igreja lida com estatística / Enquanto que Cristo lida com sentimentos.
A igreja convence / Enquanto que Deus converte.
A igreja apedreja / Enquanto que Cristo pedagogiza no perdão.
A igreja visa a forma / Enquanto que Deus visa a intenção.
A igreja é denominacional / Enquanto que Deus nem é evangélico nem muito menos católico.
A igreja se fragmenta / Enquanto que a IGREJA se solidifica.
A igreja é uma invenção / Enquanto que a IGREJA somos nós. Eu e você.
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*igreja = #denominação, #instituição (REPROVADO)

Medite na canção abaixo :

Um comentário:

  1. Caro Antognoni, cliquei em "concordo", mas faço apenas uma ressalva: no tópico sobre igreja denominacional, você afirma: "Deus não é evangélico, muito menos católico", penso que essa expressão "muito menos" não contribui em nada para a intenção sublime do seu belo texto.O "muito menos" aí pode sugerir a crítica (necessária) ao Catolicismo, mas pode também sugerir preconceito (inoportuno) a essa instituição do Vaticano.
    Mas, após essa ressalva, seu texto "corta" de alto a baixo as denominações (e aqui deve se incluir também a Igreja Católica) que pautam suas ações pelo elevado dos preceitos (humanos) em vez de se pautar pelo ilimitado do amor (Deus é amor). Parabéns!

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