terça-feira, 19 de novembro de 2013

No país da copa... CRIANÇA POBRE NADA EM RIO DE ESGOTO NO RIO DE JANEIRO

Estamos há oito meses antes da Copa do Mundo. A corrida para o sucesso deste evento é tão intensa quanto o problema da desigualdade social.

É absurdamente incoerente o que temos vistos em termos de investimentos na nação. Assim como é desesperançosa a nossa redenção no aspecto corrupção. Alguém certa vez me disse que o nosso país só não quebra de vez porque é muito rico; e de fato é riquissimo em todos aspectos: natureza, clima, produção agrícola, energia, etc. Não há dúvidas, a piscina está cheia de ratos, e no mundo onde há enorme demanda de compaixão pelo pobres e injustiçados, os desumanos estão pagando embuste para a humanidade!

Recentemente li no facebook o texto de Antônio Carlos Costa e fiquei chocado com tamanho descaso.

CRIANÇA POBRE NADA EM RIO DE ESGOTO NO RIO DE JANEIRO

Milhares de brasileiros sentiram-se perplexos com fotos publicadas recentemente pelos meios de comunicação, que retratam o drama de crianças pobres catando, dentro de um rio imundo da cidade de Recife, objetos para vender. O triste é saber que o sofrimento das crianças pernambucanas é vivido também por meninos de uma favela da cidade que organizará os Jogos Olímpicos de 2016.

Estávamos ontem concedendo entrevista para uma equipe de jornalistas da Suíça, interessada em conhecer o trabalho do Rio de Paz. Pensando nisso, fomos à favela Mandela, que faz parte do Complexo de Manguinhos, local onde começamos nossas atividades sociais em comunidades pobres do Rio de Janeiro. Mais uma vez, infelizmente, testemunhamos uma das consequências da vida que é vivida por crianças que moram em favelas nas quais não existe acesso a áreas de lazer.

Vimos um menino lançar-se nas águas fétidas e imundas do rio Jacaré, absolutamente impróprio para o banho em razão do altíssimo nível de toda espécie de contaminação da sua água, conforme pode ser atestado pelo INEA -cuja pesquisa feita no ano de 2010 aponta para o alarmante dado de 3 500 000/100ml de coliformes fecais- no rio onde meninos pobres se lançam para brincar.

Gostaríamos muito de conhecer os ganhos sociais para a vida dessas crianças pobres que advirão das competições esportivas que realizaremos no Rio de Janeiro. Quais políticas públicas estão sendo implementadas pelo Munícipio, Estado e União visando diminuir tamanha violação dos direitos humanos e desigualdade social? Estamos diante de evidente problema moral.

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Antônio Carlos Costa é pastor presbiteriano e fundador da ONG Rio de Paz.

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