segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Conselhos de Francis Shaeffer para combater os teólogos liberais

Recentemente postei, li, discuti a respeito dos polêmicos pastores e seus seguidores que destilam suas teologias, opiniões particulares, que se aproximam ou se igualam ao que conhecemos por teologia liberal.

Alguns blogueiros criticaram sabiamente, outros fuzilaram com boa pontaria e alguns até ousaram usar o título de “encarnação do demônio”.

Eu, como pequeno e leigo que sou. Que nunca fechei as portas para aquela declaração de Blaise Pascal: “Não tenho vergonha de mudar de ideia, porque não tenho vergonha de pensar”, eu que sempre estou em construção, crescendo em graça e conhecimento, resolvi ouvir a opinião do Rev. Francis Shaeffer, em busca de equilíbrio quanto à defesa da doutrina e o amor e respeito à pessoa humana.

Shaeffer viveu intensamente numa época em que a teologia existencial invadiu os púlpitos e seminários. Ninguém melhor do que ele para nos ensinar algo sobre como lidar com este tema.

Em sua obra “A igreja diante do mundo que a observa”, especificamente no capítulo em que fala da prática da pureza na igreja visível, Shaeffer descreve o cenário em que as grandes denominações dos Estados Unidos passaram a ser dominadas pelo liberalismo, dentre elas a Presbiteriana, a qual fazia parte. Ele relata [p.133] uma das tentativas de blindagem que a Presbiteriana do Norte fez ao eleger como presidente um líder conservador, sem, porém, obter êxito. Primeiro porque os liberais continuaram no controle dos seminários e governo da igreja, anulando assim a garantia de que a denominação ficaria protegida dos ventos heréticos; e segundo, porque a igreja apenas focada na guerra teológica, ao que parece, esqueceu da prática amorosa e evidente da igreja visível. O que isto implicou em termos práticos? Implicou na falha do cristão em aprender a demonstrar a santidade de Deus nos assuntos eclesiásticos, praticar a verdade e não apenas falar ao seu respeito.

O verdadeiro cristão, porém, é chamado não apenas para pregar a verdade, mas para praticá-la em meio ao relativismo. Se há um momento em que é necessário praticar a verdade, é o nosso tempo.” [SHAEFFER, Francis. A igreja diante do mundo que a observa. P.133]

Na obra referenciada, Shaeffer não suscita o convívio harmônico nem com os liberais nem com esta corrente teológica. E nem é isto que estou propondo! Shaeffer era radical, para ele a teologia liberal era infidelidade e adultério espiritual com o Noivo divino. Mas o embate não podia se deter apenas a isso, era necessário uma comunicação pautada nos principais atributos divinos de santidade e amor.

Então, se somos cristãos e desejamos servir a Deus zelando pela sua verdade, como devemos lidar com esta situação? Além de combatermos as inverdades explicitas e os posicionamentos que discordamos, o que fazer?

Shaeffer responde escrevendo o seguinte:



“Ao mesmo tempo, contudo, devemos demonstrar o amor de Deus para com aqueles de quem discordamos. Não nos lembramos disso durante a crise da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, na década de 30. Não falamos com amor àqueles de quem discordamos e sofremos as conseqüências até hoje. Precisamos amar as pessoas, inclusive os teólogos existenciais, mesmo quando abandonam todo o conteúdo. Precisamos tratá-los como nossos próximos, pois Cristo nos deu o segundo mandamento de acordo com o qual todos os homens são nossos próximos e, portanto, devemos amá-los.

Precisamos defender claramente o principio da pureza na igreja visível e exigir disciplina apropriada daqueles que assumem uma posição contrária às Escrituras. Ao mesmo tempo, porém, é importante amá-los de modo visível como pessoas ao falarmos ou escrevermos a respeito deles. Devemos demonstrar amor diante da igreja e do mundo. Devemos dizer que os liberais estão extremamente enganados e precisam ser disciplinados pela igreja, mas devemos fazê-lo de modo a mostrar que não estamos sendo dirigidos pela carne. Não temos dentro de nós a capacidade de agir deste modo, mas o Espírito Santo pode nos capacitar. Lamento que, no passado, não tenhamos assumido esta postura na Igreja Presbiteriana. Não falamos sobre a necessidade de demonstrar amor ao nos opormos ao liberalismo. E, uma vez que a Igreja Presbiteriana se perdeu, tivemos de pagar um alto preço”. [SHAEFFER, Francis. P.134-135]


O resumo desta ópera acima é o seguinte: ouvir os mais velhos é sempre bom.

4 comentários:

  1. o que aconteceu com a moça que estava esperando pelo "casamento" no dia 15 de dezembro?

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  2. não casou. E o caso foi em dezembro de 2012.

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  3. Bom o Ed René não acredita em inferno, o que é uma das faces do do relativismo da teologia liberal. No mesmo grupo estão o Caio Fabio e o Ariovaldo Ramos.

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