Durante essa semana pude realmente refletir sobre algumas situações importantíssimas para qualquer pessoa que reside na cidade de Guarabira-PB, a grande capital do brejo, e que já foi a capital nacional dos OVNI’s (será se ainda é?). Pois é, hoje ela é a capital do descaso em relação ao ser humano. Digo isso porque constatei a seguinte coisa: “qualquer bem material é melhor cuidado do que um ser humano aqui”.
Veja só, semana passada o gás de cozinha secou enquanto uma panela de feijão estava quase no ponto, então liguei para o disque gás, e em 5 minutos o problema estava resolvido; em seguida os cartuchos de minha impressora secaram, então fui até o local que recarrega, e em 20 minutos tava tudo ok. Daí pensei, se meu carro de repente ficar no “prego”o que fazer? Concluí, não falta oficina e nem mecânicos de todos os tipos e especialidades para não deixar os automóveis da cidade morrerem, portanto, tá tudo sob controle. E se por acaso precisar recarregar meu celular, comprar uma câmera fotográfica, um notbook, uma moto ou fazer um empréstimo no banco? Fácil. Em Guarabira você encontra rapidinho, e mais, você já sai com o produto ou o dinheiro na hora. Tudo é prático e instantâneo. Mas infelizmente quanto à questão da saúde isso não funciona, e com certeza isso não é um problema apenas local, mas de abrangência nacional.
“Tenha um cartão telefônico, mas não tenha um cartão de plano de saúde.”
Apesar de pagar plano de saúde, ontem (13/03/11) novamente acabei indo para o hospital mais requisitado na cidade. Isso porque ao chegar a uma clínica famosa daqui no dia 11/03/11 para atender um parente meu, recebemos a notícia de que lá não mais se atendia pelo plano de saúde que ele usava. Eram 13:50h. Nos dirigimos a um hospital que por sua vez ainda atendia por tal plano, e às 14:20h fomos atendido, no entanto lá foi receitado um hemograma para ser realizado só no outro dia pela manhã, e em outra clínica, visto que o doutor que lá atendeu não estava cadastrado em algum tipo de conselho que não lhe dava autonomia de receitar e fazer os procedimentos legais. Às 14h30min voltamos para casa sem nada a fazer, só esperar.
Ontem foi a vez da minha esposa. Ela passou mal após uma intoxicação causada por um produto de dedetização. Como já conhecíamos bem o hospital que atende por nosso plano de saúde, nem pensamos em passar novo vexame, pois é... Da última vez precisamos argumentar e convencer a recepcionista de que minha esposa estava com dores e que era necessário uma consulta, enquanto isso ela dizia: “só estamos atendendo urgências”. Pois é, pra não reviver o passado fui direto para o hospital do “povão”. E foi lá que minhas impressões realmente se confirmaram: “objetos são mais bem tratados que seres humanos”.
Primeiro esperamos uns 30 minutos para sermos atendidos pelo médico. Ele dava assistência a um senhor que vomitava sangue e que de forma descontrolada xingava todas as técnicas e enfermeiras e se negava a receber sangue e soro. Seu estado era grave e muito preocupante, seu descontrole se dava aparentemente pela dor que sentia e por estar com medo da morte, todavia ninguém conseguida segurá-lo. Era preciso transferi-lo para outro hospital, possivelmente algum da capital, pois aquele homem não parava de perder sangue. A confusão toda para contê-lo durou uns 30 minutos, e já eram 01:30h da madrugada quando a ambulância partiu com ele para outro destino quando a enfermeira plantonista inconformada desabafou: “é desumano as condições que temos para trabalhar aqui, só temos nesse momento um medico, uma enfermeira e uma técnica para atender as emergências, pois a outra acabou de ir a João Pessoa junto com a ambulância levando esse cidadão”. No mesmo momento o recepcionista informa que um cidadão baleado estava a caminho vindo de outra cidade em busca de atendimento emergencial. A essas alturas nós já estávamos desistindo e percebendo que aquele problema de ardor no rosto de minha esposa era irrelevante diante daquele caos hospitalar que ao mesmo tempo se misturava com o cômico quando um casal indomesticado e movido a álcool aproveitava a ausência dos funcionários para dar uns beijinhos e amassos na sala de nebulização no corredor hospitalar – que fantasia hei?! Pra piorar, tinha um bêbado na nossa frente que exigia tomar um soro para não trabalhar no dia seguinte e passeava pelo corredor do recinto com o receituário na mão e cantarolava “vô não, quero não, minha preguiça deixa não”.
Enfim fomos atendidos às 02:00h da madruga. Minha esposa recebe aquela “carinhosa” aplicação injetável das simpaticíssimas funcionárias do estabelecimento e depois fomos pra casa dormir. No dia seguinte a primeira coisa que disse a ela foi: “eu tive um pesadelo esta noite, pois sonhei com um hospital maluco onde não havia atendentes, e tinha um casal se beijando na enfermaria e um bêbado se equilibrando no corredor da “morte””. Ela respondeu então: - “eu também tive esse pesadelo.”
Veja só, semana passada o gás de cozinha secou enquanto uma panela de feijão estava quase no ponto, então liguei para o disque gás, e em 5 minutos o problema estava resolvido; em seguida os cartuchos de minha impressora secaram, então fui até o local que recarrega, e em 20 minutos tava tudo ok. Daí pensei, se meu carro de repente ficar no “prego”o que fazer? Concluí, não falta oficina e nem mecânicos de todos os tipos e especialidades para não deixar os automóveis da cidade morrerem, portanto, tá tudo sob controle. E se por acaso precisar recarregar meu celular, comprar uma câmera fotográfica, um notbook, uma moto ou fazer um empréstimo no banco? Fácil. Em Guarabira você encontra rapidinho, e mais, você já sai com o produto ou o dinheiro na hora. Tudo é prático e instantâneo. Mas infelizmente quanto à questão da saúde isso não funciona, e com certeza isso não é um problema apenas local, mas de abrangência nacional.
“Tenha um cartão telefônico, mas não tenha um cartão de plano de saúde.”
Apesar de pagar plano de saúde, ontem (13/03/11) novamente acabei indo para o hospital mais requisitado na cidade. Isso porque ao chegar a uma clínica famosa daqui no dia 11/03/11 para atender um parente meu, recebemos a notícia de que lá não mais se atendia pelo plano de saúde que ele usava. Eram 13:50h. Nos dirigimos a um hospital que por sua vez ainda atendia por tal plano, e às 14:20h fomos atendido, no entanto lá foi receitado um hemograma para ser realizado só no outro dia pela manhã, e em outra clínica, visto que o doutor que lá atendeu não estava cadastrado em algum tipo de conselho que não lhe dava autonomia de receitar e fazer os procedimentos legais. Às 14h30min voltamos para casa sem nada a fazer, só esperar.
Ontem foi a vez da minha esposa. Ela passou mal após uma intoxicação causada por um produto de dedetização. Como já conhecíamos bem o hospital que atende por nosso plano de saúde, nem pensamos em passar novo vexame, pois é... Da última vez precisamos argumentar e convencer a recepcionista de que minha esposa estava com dores e que era necessário uma consulta, enquanto isso ela dizia: “só estamos atendendo urgências”. Pois é, pra não reviver o passado fui direto para o hospital do “povão”. E foi lá que minhas impressões realmente se confirmaram: “objetos são mais bem tratados que seres humanos”.
Primeiro esperamos uns 30 minutos para sermos atendidos pelo médico. Ele dava assistência a um senhor que vomitava sangue e que de forma descontrolada xingava todas as técnicas e enfermeiras e se negava a receber sangue e soro. Seu estado era grave e muito preocupante, seu descontrole se dava aparentemente pela dor que sentia e por estar com medo da morte, todavia ninguém conseguida segurá-lo. Era preciso transferi-lo para outro hospital, possivelmente algum da capital, pois aquele homem não parava de perder sangue. A confusão toda para contê-lo durou uns 30 minutos, e já eram 01:30h da madrugada quando a ambulância partiu com ele para outro destino quando a enfermeira plantonista inconformada desabafou: “é desumano as condições que temos para trabalhar aqui, só temos nesse momento um medico, uma enfermeira e uma técnica para atender as emergências, pois a outra acabou de ir a João Pessoa junto com a ambulância levando esse cidadão”. No mesmo momento o recepcionista informa que um cidadão baleado estava a caminho vindo de outra cidade em busca de atendimento emergencial. A essas alturas nós já estávamos desistindo e percebendo que aquele problema de ardor no rosto de minha esposa era irrelevante diante daquele caos hospitalar que ao mesmo tempo se misturava com o cômico quando um casal indomesticado e movido a álcool aproveitava a ausência dos funcionários para dar uns beijinhos e amassos na sala de nebulização no corredor hospitalar – que fantasia hei?! Pra piorar, tinha um bêbado na nossa frente que exigia tomar um soro para não trabalhar no dia seguinte e passeava pelo corredor do recinto com o receituário na mão e cantarolava “vô não, quero não, minha preguiça deixa não”.
Enfim fomos atendidos às 02:00h da madruga. Minha esposa recebe aquela “carinhosa” aplicação injetável das simpaticíssimas funcionárias do estabelecimento e depois fomos pra casa dormir. No dia seguinte a primeira coisa que disse a ela foi: “eu tive um pesadelo esta noite, pois sonhei com um hospital maluco onde não havia atendentes, e tinha um casal se beijando na enfermaria e um bêbado se equilibrando no corredor da “morte””. Ela respondeu então: - “eu também tive esse pesadelo.”
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