terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Outras formas relativizar Deus e Sua Palavra



De uns tempos pra cá é frequente a prática da apologética no meio evangélico no que tange a defesa da Verdade Absoluta e a sua não-relativização.



Dizer que Deus é relativo é uma fuga humana tão pobre que só reflete o estado perdido, fragmentado, indefinido e insatisfeito do homem corrompido (Efésios 2:1,5). Contudo, o que podemos concordar é que assim como Deus é Absoluto, a aplicação da sua Palavra corrobora para relativizações que variam no aspecto social, cultural, e de níveis de fé como o exemplo de Paulo em 1 Coríntios 8.7-13. Entendam! Isso não significa a relativização nem de Deus nem de Sua Palavra, mas a versatilidade de aplicação da Verdade que compreende as relativizações humanas!

Fugindo daquele cenário Palavra x Filosofia, Teísmo x Teoria da Relatividade, o que acho mais interessante é notar também que há outras formas de dizer que Deus e Sua Verdade são relativos. E por incrível que pareça, não é difícil encontrar vários atalaias mal resolvidos por aí, que defendem a existência de um Deus “Super Absoluto”, usando, porém, uma fé tão relativa que me chega a níveis de estranhamento altíssimos. Isso pode ocorrer quanto ao se dizer que Deus é Soberano e Todo Poderoso, por exemplo, mas ao mesmo tempo depende da ação (ou resposta) humana para a execução de Sua Vontade. Isso me confunde! 

Então, vejamos como isso pode acontecer através de outros exemplos que elaborei.

1) Quando digo que sou salvo, mas acredito que posso perder a salvação. (João 6:37)

2) Quando leio Efésio 2, e Romanos 9, mas prego e acredito que a salvação depende da escolha do homem.

3) Quando vejo talentos em descrentes, mas atribuo tais habilidades a satanás. (Tiago 1.17)

4) Quando canto “o véu que separava já não separa mais...”, mas necessito de pastores e/ou vasos para ouvir a voz de Deus. ( Hebreus 10:19-22 )

5) Quando digo que o pecado de idolatria é abominação diante de Deus (1 Coríntios 10:14), mas faço parte do fã clube do cantor(a) gospel, e não saio da cola dele(a).

6) Quando dizimo devolvendo o que a Deus pertence, mas no fundo, exijo que Ele me “re-devolva” com juros e correção monetária. (Deuteronômio 28.2)

7) Quando leio que sou templo do Espírito Santo, mas idolatro as paredes da igreja que pertenço. (Atos 17.24)

8) Quando Leio 1 Coríntios 14, mas suponho que Deus não se importa quando falo línguas estranhas sem atender as ressalvas ditas por Paulo.

9) Quando digo que Deus é o mesmo ontem e hoje, mas afirmo que sua Palavra é complexa para se compreender no mundo atual, fazendo de minha crença pessoal um sincretismo maluco onde posso gostar dos sermões reformados, mas corro em busca das curas e milagres dos neopentecostais. (Gálatas 1.8)

10) Quando canto e louvo dizendo “Tú És tudo Pra mim”/ “Tenho sede de Ti”, mas acho uma perda de tempo ir ao Seu Livro para ler e estudá-lo. (João 5.39)

Pois bem, algo está errado, não?!


Claro que a Verdade não é relativa. Contudo, me atrevo a igualar no mesmo patamar os "sábios" incaultos que relativizam a vida aos religiosos que não saem de cima do muro, nem na prática, nem na convicções.

***

Arte de Chocar.

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