terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Existe incompatibilidade entre o Calvinismo e a evangelização?

evangelismo-pessoalVolta e meia eu ouço alguém dizendo que calvinistas não evangelizam simplesmente pelo fato de acreditarem na doutrina da eleição.


Pois é, ao fazerem este tipo de afirmação, muitos demonstram não entenderem as doutrinas do calvinismo.


Sem a menor sombra de dúvidas acredito que que não exista nenhuma incompatibilidade entre o Calvinismo e a Evangelização. Ora, o fato de eu saber que o Senhor soberanamente elegeu alguns dentre outros, não me impede de evangelizar. Muito pelo contrário. Deus através de um ato soberano decidiu que através da evangelização os eleitos responderiam a sua voz. Quando evangelizo torno-me um instrumento de Deus para a Salvação daqueles que Deus determinou, como também instrumento para o endurecimento do coração do réprobo.


Ressalto também que o Eterno não elegeu somente as pessoas que seriam salvas; mas determinou também a forma com que essas pessoas encontrariam a salvação, isto é, mediante a pregação do Evangelho. Charles Spurgeon certa feita afirmou que os cristãos são constrangidos a pregar o Evangelho, até porque esta é uma ordem imperativa do Senhor. O Principe dos Pregadores entendia que a responsabilidade de salvar o perdido não estava nas mãos dos homens e sim de Deus, e que cabe ao pregador única e exclusivamente anunciar o Evangelho. Spurgeon também dizia que mesmo que nenhuma alma se converta através da exposição do Evangelho; ainda sim Deus é glorificado. Para ele, o grande propósito do Evangelho é a glória de Deus, visto que Deus é glorificado mesmo naqueles que rejeitam o evangelho.


Caro leitor, a onisciência é um atributo exclusivo do Senhor. Somente Ele sabe os nomes dos salvos. O Todo Poderoso tem controle sobre todas as coisas. Ele é o Alfa o Ômega, o Principo, o Fim, o que era, que é e que há de vir! Agora, quanto a mim e a você resta-nos obedecer as suas ordens e pregar o Evangelho da Salvação Eterna.


"Jesus, aproximando-se, disse-lhes: Foi-me dado todo o poder no céu e na terra. Ide, pois, e fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em o nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; instruindo-as a observar todas as coisas que vos tenho mandado. Eis que eu estou convosco todos os dias até o fim do mundo. ” ( Mateus 28:18-20)


Soli Deo gloria!


Renato Vargens

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Direto do Blog do Rento.

2 comentários:

  1. Admiro o Pr. Renato Vargens pelas suas colocações sempre sábias e coerentes, mas eu tenho que admitir que esta argumentação foi muito fraca e rasa, pelo menos pra mim. Continuo e continuarei rejeitando a doutrina da eleição, que pelo menos pra mim, é como palha colocada em pé, não consegue se sustentar.

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  2. Tudo bem mano, divergências tmb sao bem vindas, quando discutidas.

    Na doutrina da Eleição crê-se que Deus escolhe os seus eleitos (predestinados) sem que haja mérito e merecimento por parte destes. Este plano, não explicado no prisma humano, ocorre sob o que chamamos de soberania.

    Vendo que não concordas com tal doutrina, e como dissestes, que ela é como palha colocada em pé, te faço uma pergunta bem simples:

    - "Qual personagem bíblico podemos encontrar na Palavra, descreditou essa lógica, e do contrário, escolheu a Deus primeiro, sem que ELE tenha feito antes?" (Cite-me um caso)

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