A religiosidade fere, machuca, desgasta, exige ritos, performances, sacrifícios. A religiosidade cria representações, dita símbolos, queima mártires, exalta homens e destrói marginais; ela causa medo, espanto, divisões, mitos, tradições; ela usurpa, se apropria, salva, condena, demoniza e santifica. Ela é nada mais nada menos do que meras invenções humanas.
Maria, mãe de Jesus, foi um dos maiores alvos dessas invenções, teve sua imagem alterada por traços de religiosidade, teve sua simplicidade violada por atributos divinos e teve sua graça esquecida por divergências entre grupos cristãos. Falar de Maria pode parecer difícil pra alguns, mas pra mim não…
Ao comemorar essa data tão especial, “Dia das Mães”, quero compartilhar com vocês a Maria que conheço fora do sistema religioso, a Maria agraciada por Deus, escolhida por Ele para ser a mais privilegiada mãe do mundo.
Conheço Maria Mãe de Jesus, ela própria sendo criatura de Deus reconheceu isso “Minh’alma engrandece ao Senhor” (Lucas 1.46).
Conheço a Maria que sendo mãe do filho de Deus deixou bem claro o papel dela e do filho em nossas vidas.
Conheço a Maria que me ensina compreender que momentos de dificuldade e de percas redundam em bênçãos eternas – foi isso que ela viveu ao ver seu filho sendo morto num madeiro, mas que no fim resultou em salvação para o mundo.
Conheço a Maria simples, singela, que cuidadosamente cumpriu seus cuidados de mãe ensinando a Jesus e lhe preparando em conhecimento e graça.
Conheço a Maria humilde, sem pretensões de tirar proveitos espirituais e materiais de Deus, pois como a escolhida de Dele, continuou vivendo uma vida simples sem apego a riquezas e bens materiais.
Conheço a Maria que não fez “nepotismo espiritual”, mas pelo contrário, foi tão humilde quanto o Filho e reconhecendo que foi apenas agraciada replicou “E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador” (Lucas 1.47). Se ela precisava do Salvador, imaginem nós.
Conheço a Maria que mesmo não sendo mediadora, pode me ensinar com a sua vida de serva, e com seu exemplo de Mãe.
Fechemos as lentes da religiosidade e olhemos pra Maria de forma simples assim como ela mesma se via, aprendendo com ela os mais profundos exemplos de mãe, serva e paixão por Deus.
À todas as mães, meus ternos Parabéns!!
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