Encontro da turma do Gospel com Dilma termina com cheiro de irrelevância mas sabor de mel

[caption id="attachment_3724" align="aligncenter" width="620"] TEMA DO GOSPEL +:
Presidente Dilma Rousseff se encontra com Ana Paula Valadão, Sônia Hernandes, Bruna Karla e outras lideranças evangélicas; saiba o que aconteceu[/caption]

Nessa segunda feira a presidente Dilma Rousseff recebeu no Palácio do Planalto, um grupo de 15 cantoras e líderes evangélicas, como Ana Paula Valadão, bispa Sônia Hernandes e Bruna Karla. O encontro faz parte de uma rodada de reuniões com movimentos sociais que se iniciou há duas semanas, em resposta às manifestações que se alastraram pelo país.

- Temos um papel espiritual de dar suporte, de dar apoio às nossas autoridades em meio a crises, em meio a confusões, tumultos. Nós estamos ali centrados, pedindo a Deus que fortaleça nossos governantes, dando a eles sabedoria do alto para vencer os desafios dessa nação – afirmou Ana Paula Valadão sobre o encontro.

- Foi um convite da presidenta Dilma à bispa Sônia Hernandes, muito respeitada e conceituada no nosso Brasil, e aí ela convidou algumas mulheres que têm feito a diferença, que têm feito um trabalho por esse Brasil, que tem um reconhecimento das pessoas – afirmou a cantora Damares, que também estava presente no encontro.

Damares relatou também que cantou sua música “Sabor de Mel”, junto com a presidente e que ela e as outras cantoras presentes no encontro não foram para fazer pedidos para Dilma, mas sim “representando a igreja evangélica no Brasil e apoiando ela no que ela precisar”.

- Não viemos pedir nada. A gente veio apoiar nesse momento de tantas manifestações porque é uma carga muito pesada que ela está levando. E ela é um ser humano – ressaltou Damares, que completou afirmando que a reunião foi uma “festa bonita”, e que a presidente se emocionou e chorou junto com representantes evangélicas.

- Somos cidadãos como qualquer outro, temos nossas reivindicações, coisas que achamos que não está bom. Ela fez promessas de melhorias, ela está realmente de mãos abertas para abençoar não só a igreja, mas o povo em si – finalizou Damares.

Quem também ressaltou apoio à presidente foi a cantora e ex-apresentadora de TV Mara Maravilha, que relatou também terem feito uma oração pela saúde de Dilma Rousseff, diante desse momento de manifestações.

- A gente orou para Deus estar restaurando a saúde dela porque é um momento de muita pressão que o Brasil está vivendo. Viemos como representantes da Igreja Evangélica no país apoiando ela no que precisar – afirmou a cantora, segundo o G1.

Quem também participou da reunião foi o ministro Crivella (PRB-RJ). Bispo licenciado da Igreja Universal, Crivella disse que participou da reunião como ministro, mas também como “um articulador da presidenta Dilma junto ao público com o qual eu convivo desde os seis anos de idade, que é o povo evangélico”.

- Não foi a presidenta que pediu, foram as minhas amigas. Eu também sou cantor gospel. Foram elas que manifestaram a vontade de encontrar a presidenta, orar por ela, fazer um encontro de solidariedade feminina – ressaltou Crivella.

Apesar de ser considerado hoje o mais notório entre os parlamentares evangélicos, o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP), não esteve presente na reunião. De acordo com o jornalista Lauro Jardim, Feliciano teria dito que foi procurado para participar da reunião, mas não quis. O parlamentar teria afirmando ainda que, apesar de não estar presente, a reunião só aconteceu por um esforço seu.

- Eu não tenho nada a tratar com essa gente [Dilma Rousseff]. Ela só recebeu essas lideranças porque eu e Silas Malafaia fizemos pressão, mas isso era para ter ocorrido lá atrás, não agora, depois de ter conversado com várias outras lideranças políticas. A assessoria do Gilberto Carvalho até me ligou, mas preferi não atender – explicou Feliciano, segundo a revista Veja.

Participaram da reunião com a presidente, os ministros Marcelo Crivella, Gilberto Carvalho e Gleisi Hoffmann; além das representantes evangélicas Ana Paula Valadão, Bruna Karla, Cássia Helena de Sousa, Damares, Eyshila Oliveira Santos, Ezenete Alexandrina, Fernanda Hernandes Rasmussen, Irene Maria Hermenegildo Lopes Correa, Juliana Alonso Machado, Leonor Alonso Machado, Mara Maravilha, Maria do Carmo Araujo, Maurizete da Silva Catarina Acioli, Rubia Pinheiro Fernandes, Sonia Hernandes e Valnice Milhomens Coelho.

Assista à declaração de Ana Paulo Valadão sobre a reunião:

[Por Dan Martins, para o Gospel+]

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Nota do Blogueiro: Pois é, "dái a Dilma o que é Dilma, e dái a Deus o que é de Deus". A de Dilma parece ter ido, e a de Deus?

Então gente, estranha-me por demais o fato de tais artistas do Gospel não terem se expressado com a mesma preocupação quando era oportuno o momento de dar a cara a tapa quando a fome e sede de justiça apresentada pela juventude brasileira bradou ao mundo "aqui jaz corrupção"; quando a meteórica disparidade dos investimentos na educação e saúde foram contrastados com os autos faturamentos dos estádios para a Copa! A voz profética dos astros parecem ser mudas e covardes quando o assunto é a inconformidade com o sistema desse ladro país.

Eu, sinceramente não sei mais o que dizer, e como, e quanto orar por essa turma do gospel. São, tristemente, com raríssimas exceções, pessoas que ensinam ao seu público a viverem num 'mundo da lua gospel' cuja sina é despolitizar os jovens, deformar opiniões relevantes para o bem comum de todos, e em alguns casos ensinar heresias aos assíduos ouvintes de suas canções.

A voz do Gospel nunca será profética enquanto não aprender com os profetas de Deus os quais nunca se abdicaram de acusar o erro, denunciar o pecado e clamar por uma justiça social - Jesus Cristo que o diga!

Pra terminar tragicamente este desabafo, saber que a Damares ainda cantou 'Sabor de Mel' para Dilma me deixa com um pouco de temor. Vai que a presidente leva a séria a canção...Pra alguém que um dia já foi guerrilheira, ser inspirada por 'ameaçazinha'santa pode instigar inimagináveis futuros ao nosso sofrido gigante chamado Brasil.

Ainda quanto ao assunto, o Pastor Renato Vargens, ao ficar sabendo deste fato, manifestou no seu blog pessoal uma opinião cautelosa sobre tal encontro, expressou seus desejos quanto a postura dos artistas do gospel. Confira:

"Espero que as denominadas artistas gospel tenham dito a Dilma que a politica de governo do seu partido está equivocada.

Espero que as nobres cantoras tenham cobrado da presidente um governo austero, sem corrupção e fisiologismo.

Espero que as "adoradas" artistas tenham se posicionado contra roubalheira de Brasília.

Espero que as extasiantes cantoras tenha dito a presidente que estão ao lado povo e cansadas de tanta pilantragem.

Espero que as maravilhosas cantoras (alias, nem todas que lá estavam eram cantoras) tenham se manifestado contra o aborto e destruição família.

Espero que as espetaculosas artistas tenho exigido da presidente educação, saúde e vida digna.

Espero que a fenomenais artistas tenham condenado o sórdido populismo perpetrado pelo governo do PT.

Espero que as ungidas cantoras tenham dito a presidente que os médicos brasileiros precisam ser valorizados e que essa ideia de trazer médicos de Cuba ou da Venezuela para o Brasil é uma grande bobagem.

Espero que as fabulosas artistas tenham dito a líder da nação que a violência no Brasil está insuportável e que está mais do que na hora da presidente tomar medidas austeras visando a segurança do cidadão.

Espero que tenha sido mais do que uma reunião lobista.

Espero que tenha sido mais do que uma conversa de comadres.

Espero que tenha sido mais do que um mero chá da tarde.

Do fundo do coração espero"

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O Pr. Renato Vargens, pelo jeito, deve ter acrescentado mais uma decepção no seu currículo de análise das tristes ações dos artistas do mundo gospel, e eu também.

[Antognoni Misael, editor]