sábado, 7 de setembro de 2013

O Senhor do Tempo


Mestre, me veja menino
Deixa-me correr com Teus pequeninos
Mestre, de rosto amigável, de sorriso largo, de sereno olhar
Eu fui a Ti criança e me recebeste de braços abertos
Que estranha distância agora
Senhor, lembra do menino que eu fui outrora

Mestre, lembro que eu buscava
E me derramava, choro adolescente
Lembro daquele caderno onde eu anotava minhas orações
Jovem busquei a Ti, o refúgio certo para um moço aflito
Que estranha distância agora
Senhor, lembra do rapaz que eu fui outrora

Mestre, estou bem mais velho
E o amor que eu tinha, onde foi parar?
Mestre, fala a esse homem, que se emocione, vá recomeçar
Faz-me correr e assim retornar ligeiro ao primeiro amor
Deixa-me ver novamente o meu nome
Escrito nas santas mãos do Senhor do Tempo

[O Senhor do Tempo - Stênio Március]

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Há 16 anos atrás Deus me encontrou. Ali começava uma nova vida, ainda menino, 14 anos. Tantas noites lendo a Bíblia, ouvindo canções, e curtindo todos os êxtases  que a vida cristã em comunidade me presenteava. Não havia tantas confusões... Tudo parecia um reflexo da eternidade. Hoje, um pouco mais velho, já trazendo algumas marcas e feridas, penso, ás vezes até angustiado, sobre tudo que vivi - que tempos bons...


A canção de Stênio me remoeu a alma quando disse: "Mestre, estou bem mais velho, e o amor que eu tinha, onde foi parar"?


Só tenho algo a confessar: 'Mestre, me ajuda a te amar, porque sou fraco, pecador e dependente de Ti. Não te amar, me dói, me mata'.

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