terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

O PERIGO DO “EVOLUCIONISMO TEÍSTA” - PARTE 1

teste da feINTRODUÇÃO


O debate entre fé e ciência sempre foi acirrado e cheio de momentos acalorados, e nem sempre positivos ou construtivos. Na verdade, o início do debate envolvia a questão entre criacionismo e evolucionismo. Com o passar do tempo a questão foi ampliada e surgiu o evolucionismo teísta, ou teísmo evolucionista.


Na história recente da Igreja esse tem sido um tema recorrente e cada vez mais corriqueiro e popular, especialmente com a frequência cada vez maior de cristãos na Academia. Na verdade, Cristianismo e Academia sempre foram aliados e suas histórias sempre estiveram interligadas, especialmente quando nos damos conta que o surgimento das universidades no Ocidente ocorreu no seio da igreja, a exemplo de Oxford, Cambridge, Yale, Harvard, Princeton, Salerno, Bolonha, Universidade de Paris, Salamanca, Universidade de Genebra etc. Na época da Reforma Protestante, havia trinta e três universidades no seio da igreja.


No Brasil, este debate nunca foi muito popular, especialmente porque criou-se uma dicotomia entre ambos. Se na Universidade o assunto Deus é algo referente ao metafísico e se encontra no âmbito da religião tão somente, sendo uma questão de especulação e fé, na igreja o assunto ciência foi tratado durante muito tempo como sinônimo de apostasia e secularização. Mas, ambos os pensamentos estão equivocados, e se por um lado esse pensamento distorcido que busca retirar Deus do debate científico tem suas raízes no Iluminismo do século XVIII, a retirada da ciência do seio do cristianismo é resultado da apatia da igreja e da falta de manutenção de seu mandato cultural e social.


Temos visto, portanto, um desequilíbrio no desenrolar dessa história.


Por outro lado, com o crescimento cada vez mais constante de cristãos no meio científico, o debate tem se tornado cada vez mais comum, e com a facilidade de expansão da informação pela informática esse tema, Fé e Ciência, se torna quase que global ao mesmo tempo. Porém, o debate atual não envolve apenas Criacionismo e Evolucionismo, mas foi acrescido do Intelligent Design (Design Inteligente). Também, o meio termo entre Criacionismo e Evolucionismo tem ressurgido com maior frequência, e este é denominado de Evolucionismo Teísta.


O QUE É O EVOLUCIONISMO TEÍSTA?


O apologista católico Roberto Cavalcanti dá a seguinte definição:


Os alunos são ensinados que “o ser vivo é o resultado de evolução, em certas condições, do ser inanimado” e que “vida é um passo superior respeito da qualidade na evolução das formas de movimento”. Ensinam que a vida apareceu espontaneamente, no meio aquático, por combinações químicas acidentais, na presença da luz do sol, muito embora a abiogênese tenha malogrado com os experimentos de Pasteur.


É notório que a tese do evolucionismo teísta provém de uma mistura de antigas teses filosóficas e teológicas pagãs, e que voltou a ser acreditada na Era Contemporânea em razão do triunfo do racionalismo ateu, que contesta milagres e acha possível fazer ciência sem Deus. (CAVALCANTI, 2011, online)


Ainda, Wellington Rodrigues e Rosilene Motta afirmam o seguinte:


Um quarto dos professores 24% adotaram a idéia predominante hoje nos meios religiosos e científicos, isto é, o teísmo evolucionista, pois entendem que “a Bíblia pode ser interpretada de forma compatível com a idéia de que, biologicamente, o homem é o resultado de um processo evolutivo, desde que se creia que em algum momento Deus lhe conferiu atributos espirituais especiais.” Esse posicionamento exige uma leitura simbólica para os relatos da criação em Gênesis, aceita a evolução insistindo na necessidade de uma criação especial para a alma humana. Foi fazendo coro à essa opinião que o papa João Paulo II afirmou em 1996 que “a teoria da evolução é mais que apenas uma hipótese. [...] a evolução é compatível com a fé cristã”. (RODRIGUES; MOTTA, 2011, p. 11)


Contudo, o Dr. Marcos Eberlin (apud BORGES, 2013) afirma que “a evolução é péssima ciência. O evolucionismo teísta é péssima ciência somada com péssima teologia e filosofia. O criacionismo é ótima teologia com ótima filosofia, que se apoia hoje em ótima Ciência, Ciência com C maiúsculo; a que é livre das amarras do materialismo”.


Também, o Dr. Wayne Grudem, no prefácio do livro Should Christians Embrace Evolution aponta oito razões pelas quais o cristianismo bíblico é contrário à evolução teísta.


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Brevemente estaremos postando a próxima parte deste interessante estudo. Fonte: Site da Vinacc.

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