segunda-feira, 17 de março de 2014

NORMALMENTE DIFERENTES E DIFERENTEMENTE NORMAIS

Quem é diferente e quem é normal? Esta pergunta deve passar pela cabeça de muita gente. Muitos se perguntam: – Eu sou normal ou sou diferente?

Normalmente quando se encontra com alguém que (aparentemente) é diferente de nós, chega-se a conclusão que somos normais e o outro é diferente. Muitas vezes consideramos o outro diferente sem compara-lo às outras pessoas, mas simplesmente por comparar esta pessoa com a gente mesmo.

É muito comum esta análise ser feita com superficialidade, pois geralmente não se conhece a pessoa a fundo e tira-se conclusões precipitadas baseadas na aparência ou no “jeito” da pessoa.

Mas afinal, quem define o que é normal e o que é diferente? Normal em relação a quê? E diferente em relação a quem?

Todo ser humano é diferente um do outro. Cada ser humano é único. Uma pessoa tem sua impressão digital e mais ninguém durante toda a história da humanidade terá igual.

No final das contas somos todos diferentes um dos outros. Podemos nos vestir parecidos, termos ideias e filosofias de vidas semelhantes, termos temperamentos equivalentes e etc, mas nunca seremos exatamente iguais uns aos outros. Nem irmãos e irmãs gêmeos os são.

Quando analisamos pessoas que são diferentes de nós por causa de um piercing, tatuagem, cabelo, terno e gravata, maquiagem e etc é preciso tomar cuidado para não julgarmos o caráter e quem de fato a pessoa é. A aparência de alguém pode dizer muito sobre a pessoa, mas não a define como um ser. Ser alguém é muito mais que seu visual, pois existe uma mentalidade, sentimentos e características que muitas vezes nem nós mesmos nos conhecemos profundamente.

As vezes o comportamento “esquisito” de alguém, o jeito de falar e outras coisas deste tipo faz com que nos afastemos das pessoas por considerar a pessoa “diferente” e concluir que a pessoa não é “normal” como você. Perdemos oportunidades incríveis de conhecer pessoas que poderiam muito bem fazer parte do nosso ciclo de amizade por fazer julgamentos precipitados e preconceituosos em relação ao outro.

Claro que devemos nos preocupar com nossa segurança, com más influências, com pessoas vazias que não acrescentam muito, mas nunca descarta-las. Gente não é descartável. Gente é o bem mais precioso neste mundo físico. Não deixemos nos levar por definições rasas para concluir quem é diferente e quem é normal para conviver comigo, pois no final todos somos NORMALMENTE DIFERENTES E DIFERENTEMENTE NORMAIS.

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O texto é de Mateus Feliciano, que é Graduado em Administração, Bacharel em Teologia (Faculdade Teológica Batista de Campinas) e Coordenador da Seara Urbana (recuperação de moradores de rua), e escreve no Blog Pólis Centro.

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