sexta-feira, 21 de março de 2014

Deus não te quer bem, te quer salvo!


Diferentemente de tempos atrás, hoje vemos pessoas "convertidas" (talvez convencidas) e que, logo após sua imersão “nesse” novo universo, logo após experimentar algo nunca antes sentido, seu primeiro comportamento é olhar em volta e buscar aquilo que lhe foi prometido, por quem lhe apresentou “esseevangelho". É muito interessante observarmos isso pelos “olhos” de Lucas 19:8-9, no qual Jesus ratifica a salvação de um homem em prova de dois fatos que também nos confere salvação: fé e arrependimento. Porém, quero ressaltar o fruto disso, uma prova cabal: amor ao próximo. O mesmo homem queria dividir os seus bens. Seria empolgação de um novo convertido ou evidência que aquilo que o interiorizou lhe havia gerado compaixão e amor como resposta?


Não vemos mais “Zaqueus” sendo gerados (além daquela música que quase “estourou” os nossos tímpanos), afinal, na igreja de hoje não há mais espaço para genuína fraternidade. Textos como Tiago 1:27 não são mais o cerne de sermões nos dias de domingo. Outrora, lugar de revelação da palavra de Deus, pela pregação expositiva, agora é palco do milagre chantagista e da benção gananciosa.


Neste texto quero me ater a um assunto que muito me intriga em especial:riquezas. Boas ou más? Algo mudou? Qual a diferença do rico do antigo testamento para o do novo testamento? Por que é tão procurada nesses dias?


Deus não tem deleite no sofrimento de ninguém, menos ainda em ver o hedonista indo ao inferno. Entretanto, Ele não tem pena de nós. Ele nos enviará como ovelhas a lobos. Alguém com a visão do “todo” não se limita ao momento. Ou será que você se acha mais amado que os discípulos e apóstolos que foram mortos e torturados? E a grande minúcia é que eles não estavam cuidando de suas vidas, não estavam fazendo nada para si. Mas, conosco seria diferente, pois quando algo nos acontece de ruim é porque estamos em pecado ou não demos dinheiro suficiente. Ele não nos promete vida nessa vida!


Em estudos, comparando as bênçãos e riquezas do A.T com N.T, vejo não um Deus com duas personalidades, mas sim com dois propósitos diferentes. Se “torcermos” o evangelho sairá um “suco” de amor ao próximo adoçado com não acumuleis riquezas. Em um novo tempo estamos. Não precisamos nos diferenciar das demais nações em exaltação como foi com Israel.


O Deus, outrora glorificado em seu povo grande e imponente, hoje é muito mais glorificado na renúncia à glória, ao dinheiro e ao conforto, para que outros possam conhecê-Lo. Aquele era um tempo onde não havia a necessidade de expedir missionários, ou de levar uma mensagem, pois o povo de Deus era aquele, separado e único. Agora somos nós, todos nós, do imenso planeta Terra, a sermos alcançados, e isso demanda o dinheiro que dá o luxo a alguns.


Em vista da miragem que essa estória de renúncia financeira é para alguns, qual será o seu pretexto em alcançar as riquezas deste mundo? Se Jesus teve a intenção de dizer o que realmente Ele disse, porque muitos estão querendo empurrar o camelo no fundo da agulha?


É evidente o escândalo abrolhado na igreja pelo amor ao dinheiro em nossos dias. Os homens mais ricos do país são pastores, e sim, são mesmo estes a quem lhes é dito em Timóteo, que se tiverdes o que comer e com que se vestir estejais contentes.


Continuando: "Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição"(Tm 6:9). Será cegueira ou falta de vergonha? Embora não seja impossível (nada é impossível para Deus),com toda certeza ser salvo se torna muito mais difícil sendo rico.


***


 O autor do texto é Natan Viana Mota. Obrigado mano. Muito abençoador este seu texto.


O essencial é invisível aos olhos, portanto, às vezes o rico é o pobre, e quiçá, o pobre seja o rico. E neste caleidoscópio humano entre lemas e dilemas, a maior riqueza reservada ao homem é a Salvação.

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